As benzedeiras são mulheres que carregam um legado de cura e proteção transmitido oralmente ao longo de gerações. Presentes em várias comunidades, especialmente em regiões rurais e interiores do Brasil, elas utilizam orações, gestos e ervas medicinais para realizar rituais que buscam o equilíbrio físico, emocional e espiritual. Esses rituais, conhecidos como benzimentos, são parte de um saber ancestral que combina influências das culturas indígena, africana e europeia.
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1. Quem são as benzedeiras? A importância das ervas em práticas tradicionais

As benzedeiras são frequentemente procuradas para aliviar males cotidianos, como dores de cabeça, cansaço físico, insônia ou sentimentos de desânimo. Em muitos casos, suas práticas são vistas como uma forma complementar de cuidado, especialmente para aqueles que buscam soluções naturais ou espirituais quando os tratamentos convencionais não trazem alívio.
Além do aspecto de cura, elas também desempenham um papel fundamental na proteção espiritual, ajudando a afastar energias negativas, mau-olhado e inveja. Você pode saber mais sobre benzimento, clicando aqui
A importância das ervas nas práticas tradicionais
As ervas são elementos essenciais nos rituais realizados pelas benzedeiras. Cada planta carrega uma simbologia e uma função energética específica. Dependendo da necessidade de quem busca a benzedura, diferentes ervas são escolhidas para o ritual.
• Ervas de proteção: A arruda e o guiné são frequentemente usadas para afastar vibrações negativas e limpar energeticamente o corpo e o ambiente.
• Ervas de cura: O manjericão e a erva-cidreira são utilizados em chás ou banhos para aliviar tensões, acalmar a mente e melhorar o sono.
• Ervas de revitalização: O alecrim é conhecido por suas propriedades de renovação energética, ajudando a trazer mais disposição e clareza mental.
As plantas são usadas de várias formas: defumações, banhos, compressas ou simplesmente em ramos passados sobre o corpo da pessoa. O contato direto com a natureza durante esses rituais é parte fundamental do processo, reforçando a ideia de que a cura envolve a conexão entre o ser humano e o ambiente natural.
Além do poder terapêutico das plantas, os rituais das benzedeiras têm um forte valor comunitário. Muitas vezes, as sessões de benzimento acontecem em espaços de convivência coletiva, como casas de família ou quintais, promovendo um ambiente de acolhimento e apoio mútuo. Essa prática fortalece os laços sociais e culturais, ajudando a preservar essas tradições vivas até os dias de hoje.
Com o crescente interesse por práticas naturais e espirituais, cada vez mais pessoas têm procurado cultivar em casa as ervas utilizadas nesses rituais. Assim, o conhecimento das benzedeiras continua a ser valorizado e transmitido, promovendo uma conexão maior com a natureza e o bem-estar pessoal, você pode saber mais sobre benzimento, clicando aqui.
2. As Ervas Mais Utilizadas pelas Benzedeiras e Seus Usos Tradicionais

As ervas são as principais aliadas das benzedeiras, e cada uma delas possui propriedades específicas para proteção, cura e equilíbrio energético. Cultivadas em quintais, jardins ou coletadas na natureza, essas plantas são utilizadas em rituais de defumação, banhos, chás ou benzimentos. Vamos conhecer algumas das ervas mais comuns e suas aplicações tradicionais.
1. Arruda (Ruta graveolens)
• Uso tradicional: A arruda é uma das plantas mais conhecidas para proteção espiritual. Usada em rituais de limpeza, ela afasta energias negativas e mau-olhado.
• Forma de aplicação: Defumações, ramos passados sobre o corpo ou plantada na entrada de casas para proteção.
• Curiosidade: Algumas benzedeiras recomendam não tocar frequentemente nas folhas, pois acreditam que isso pode enfraquecer sua energia de proteção.
2. Alecrim (Rosmarinus officinalis)

• Uso tradicional: Conhecido como “erva da alegria”, o alecrim é utilizado para revitalizar as energias, fortalecer a memória e aumentar a disposição.
• Forma de aplicação: Banhos energéticos, infusões ou defumações para trazer clareza mental.
• Curiosidade: Em muitas tradições, o alecrim é associado à prosperidade e à proteção contra energias densas.
Já falei sobre alecrim aqui, clique para saber mais.
3. Guiné (Petiveria alliacea)
• Uso tradicional: É amplamente utilizada para limpeza espiritual e proteção contra inveja. O guiné ajuda a criar um campo energético seguro ao redor da pessoa.
• Forma de aplicação: Defumações e rituais de purificação, além de ser plantada próxima às entradas de casa.
• Curiosidade: O guiné é considerado uma planta poderosa, muitas vezes associado à força espiritual e ao equilíbrio energético.
4. Manjericão (Ocimum basilicum)
• Uso tradicional: O manjericão é utilizado para atrair paz, equilíbrio emocional e prosperidade. Também é conhecido por suas propriedades relaxantes.
• Forma de aplicação: Banhos calmantes e defumações para aliviar tensões e melhorar o humor.
• Curiosidade: Em algumas regiões, acredita-se que manter um vaso de manjericão próximo ao local de trabalho aumenta a criatividade e o foco.
5. Sálvia (Salvia officinalis)
• Uso tradicional: A sálvia é usada para purificação intensa, sendo uma das ervas mais recomendadas para “limpar o campo energético”.
• Forma de aplicação: Queima de folhas secas em defumações para eliminar energias estagnadas.
• Curiosidade: A sálvia é amplamente usada em rituais de purificação em várias culturas ao redor do mundo.
6. Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata)

• Uso tradicional: Planta símbolo de proteção, a espada-de-São-Jorge é usada para afastar inveja e mau-olhado.
• Forma de aplicação: Cultivada em jardins ou em vasos próximos à entrada da casa.
• Curiosidade: É uma planta de fácil manutenção, o que a torna muito popular em ambientes urbanos.
7. Lavanda (Lavandula angustifolia)

• Uso tradicional: A lavanda é conhecida por suas propriedades calmantes, sendo usada para aliviar a ansiedade e promover um sono tranquilo.
• Forma de aplicação: Banhos relaxantes e sachês de ervas colocados em travesseiros.
• Curiosidade: O aroma da lavanda é considerado um poderoso calmante natural, capaz de equilibrar as emoções.
Se quiser saber mais sobre lavandas, já falamos dela aqui.
8. Erva-cidreira (Melissa officinalis)
• Uso tradicional: Utilizada para combater o estresse, melhorar o sono e reduzir a ansiedade.
• Forma de aplicação: Infusões e banhos relaxantes.
• Curiosidade: Muitas benzedeiras recomendam a erva-cidreira para crianças agitadas ou com dificuldades para dormir.
9. Folha de Louro (Laurus nobilis)
• Uso tradicional: Simboliza prosperidade e proteção. É utilizada em rituais para atrair boas energias e afastar negatividade.
• Forma de aplicação: Defumações, banhos e até como amuleto dentro de carteiras ou bolsas.
• Curiosidade: Antigamente, o louro era usado em coroas de vitória, simbolizando sucesso e realização.
Como as Ervas São Preparadas?
• Defumações: Ramos secos são queimados para liberar uma fumaça aromática que purifica o ambiente.
• Banhos: As ervas são fervidas em água, e o líquido resultante é utilizado para banhos relaxantes ou de limpeza energética.
• Infusões: As ervas são preparadas como chá, especialmente aquelas com propriedades calmantes ou revitalizantes.
Essas práticas, além de promoverem o bem-estar físico e espiritual, fortalecem a conexão das pessoas com a natureza e seus próprios ciclos de energia.
As ervas utilizadas pelas benzedeiras são muito mais do que simples plantas; elas são verdadeiras ferramentas de cura e proteção. Cada uma delas carrega uma história e um simbolismo que transcende gerações, preservando uma cultura rica em significado e sabedoria.

3. Como Cultivar as Ervas Mais Utilizadas pelas Benzedeiras
Cultivar em casa as ervas que fazem parte dos rituais das benzedeiras é uma ótima maneira de ter sempre ao alcance plantas frescas para cuidados energéticos, físicos e espirituais. Cada erva tem suas próprias necessidades em relação a luz, solo e rega. Veja abaixo como plantar e manter as principais ervas.
1. Arruda (Ruta graveolens)
• Exposição ao sol: Pleno sol.
• Solo: Bem drenado, levemente arenoso e rico em matéria orgânica.
• Rega: Moderada. Evite o encharcamento, pois a arruda é sensível ao excesso de água.
• Dicas: A arruda não gosta de manuseio frequente, por isso, mantenha o contato com as folhas ao mínimo.
Curiosidade: Muita gente acredita que a arruda pode “murchar” se absorver energias negativas, mas isso é um sinal de que precisa de mais cuidados.
2. Alecrim (Rosmarinus officinalis)
• Exposição ao sol: Pleno sol.
• Solo: Bem drenado, preferencialmente arenoso.
• Rega: Pouca. É resistente à seca e não tolera solos encharcados.
• Dicas: Podas frequentes ajudam a manter o alecrim saudável e estimulam seu crescimento.
Dica prática: Cultive alecrim em vasos próximos a janelas bem iluminadas para ter sempre folhas frescas à mão.
3. Guiné (Petiveria alliacea)
• Exposição ao sol: Meia-sombra ou luz filtrada.
• Solo: Rico em matéria orgânica, bem drenado.
• Rega: Moderada. Mantenha o solo levemente úmido, mas evite encharcamento.
• Dicas: O guiné é sensível a ventos fortes, então proteja a planta em locais mais abrigados.
Uso tradicional: Muitas benzedeiras recomendam plantar guiné perto das entradas de casa para proteção constante.
4. Manjericão (Ocimum basilicum)
• Exposição ao sol: Sol pleno ou meia-sombra.
• Solo: Rico em nutrientes, com boa drenagem.
• Rega: Frequente, mas sem encharcar o solo.
• Dicas: O manjericão cresce melhor com podas regulares. Remova as flores para prolongar sua produção de folhas.
Dica prática: Plante em vasos próximos à cozinha para usar tanto em rituais quanto em receitas.
5. Sálvia (Salvia officinalis)
• Exposição ao sol: Pleno sol.
• Solo: Bem drenado e arenoso.
• Rega: Moderada. A sálvia não tolera excesso de umidade nas raízes.
• Dicas: Evite regas frequentes em climas mais frios ou úmidos.
Curiosidade: A sálvia é muito utilizada em defumações para purificação intensa de ambientes.
6. Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata)
• Exposição ao sol: Meia-sombra ou luz indireta.
• Solo: Leve e bem drenado.
• Rega: Escassa. A espada-de-São-Jorge é extremamente resistente à seca.
• Dicas: Ideal para quem tem pouco tempo, pois exige cuidados mínimos.
Dica prática: Essa planta é excelente para ambientes internos, como salas e escritórios.
7. Lavanda (Lavandula angustifolia)
• Exposição ao sol: Pleno sol.
• Solo: Bem drenado, com pouca matéria orgânica.
• Rega: Moderada. Evite molhar as folhas diretamente.
• Dicas: A lavanda precisa de solo seco entre as regas para prosperar.
Curiosidade: Além de suas propriedades calmantes, a lavanda embeleza jardins com suas flores roxas.
8. Erva-cidreira (Melissa officinalis)
• Exposição ao sol: Meia-sombra ou luz direta suave.
• Solo: Rico em nutrientes, levemente úmido e bem drenado.
• Rega: Frequente. A erva-cidreira prefere solos sempre úmidos, mas não encharcados.
• Dicas: Evite plantá-la em áreas muito quentes ou secas.
Uso tradicional: Muito usada em infusões relaxantes, a erva-cidreira ajuda a aliviar o estresse e a insônia.
9. Folha de Louro (Laurus nobilis)
• Exposição ao sol: Pleno sol ou meia-sombra.
• Solo: Rico em matéria orgânica e bem drenado.
• Rega: Moderada.
• Dicas: Cultivar em vaso é uma boa opção para quem mora em apartamentos.
Dica prática: As folhas podem ser colhidas e secas para uso em banhos, defumações ou culinária.
Dicas Gerais de Cultivo
• Adubação: Utilize adubo orgânico, como húmus de minhoca, a cada dois meses para manter as plantas nutridas.
• Prevenção de pragas: Ervas aromáticas, como o alecrim e o manjericão, geralmente repelem insetos, mas em casos de infestação, use óleo de neem.
• Podas: Realize podas regulares para estimular o crescimento e a renovação das plantas.
Com esses cuidados, você poderá manter suas ervas sempre saudáveis e prontas para o uso nos rituais e no dia a dia.
4. Como Colher e Armazenar as Ervas Corretamente
Para garantir que as ervas mantenham suas propriedades terapêuticas e energéticas, é importante saber o momento certo para a colheita e como armazená-las adequadamente. Quando bem conservadas, as ervas mantêm seus aromas, nutrientes e efeitos por muito mais tempo, garantindo que estejam sempre prontas para rituais ou preparações de uso cotidiano.
1. Quando é o Melhor Momento para Colher as Ervas?
O horário e o estágio de desenvolvimento das plantas influenciam diretamente na eficácia das ervas.
Dicas:
• Colha pela manhã: O período logo após o orvalho evaporar é ideal, pois as plantas ainda estão frescas e suas propriedades estão mais concentradas.
• Evite colher durante a floração intensa: Algumas ervas, como o alecrim e o manjericão, têm maior concentração de óleos essenciais antes de florescer.
• Faça a colheita com moderação: Não retire todas as folhas ou ramos da planta de uma só vez. Isso pode enfraquecer o crescimento.
Ervas específicas:
• Arruda: Colha ramos maduros, evitando a manipulação excessiva.
• Lavanda: As flores devem ser colhidas assim que começam a abrir, para maior concentração aromática.
2. Como Realizar a Colheita Corretamente
Utilize ferramentas apropriadas para cortar as ervas, evitando danos às plantas.
• Use uma tesoura de poda limpa e afiada para cortes precisos.
• Corte os ramos na base ou próximo ao nó, onde o crescimento pode ser estimulado.
• Evite puxar ou arrancar as folhas, o que pode comprometer o sistema radicular.
Dica prática: Após a colheita, lave suavemente as ervas com água corrente para remover poeira ou pequenos insetos.
3. Métodos de Secagem das Ervas
A secagem é essencial para ervas que serão usadas em defumações, chás ou banhos. Um processo inadequado pode resultar em mofo ou perda das propriedades naturais.
Opções de secagem:
- Ao ar livre: Pendure os ramos de ervas em um local sombreado, seco e bem ventilado. Amarre os ramos com barbante e deixe-os pendurados por cerca de 1 a 2 semanas.
- Secagem em forno: Para quem precisa de rapidez, coloque as ervas em temperatura baixa (aproximadamente 50°C) por 2 a 3 horas, com a porta entreaberta.
Ervas indicadas para secagem:
• Sálvia e lavanda para defumações.
• Alecrim e manjericão para infusões e banhos.
4. Como Armazenar as Ervas Secas
Após secar completamente, as ervas precisam ser armazenadas em recipientes adequados para evitar a absorção de umidade e preservar suas propriedades.
Dicas de armazenamento:
• Utilize potes de vidro com tampa hermética, protegendo as ervas da luz e do ar.
• Identifique cada pote com o nome da erva e a data da colheita.
• Mantenha os recipientes em um local fresco, seco e longe da luz direta do sol.
Dica: Evite o uso de recipientes de plástico, que podem comprometer a qualidade das ervas ao longo do tempo.
5. Armazenamento de Ervas Frescas

Se você pretende usar as ervas frescas em poucos dias, alguns métodos ajudam a prolongar a durabilidade.
Métodos:
• Refrigeração: Coloque as ervas em sacos seláveis ou recipientes plásticos perfurados. Adicione uma folha de papel-toalha para absorver a umidade.
• Água: Coloque ramos frescos em um copo com água, como um buquê, e cubra levemente com um plástico. Mantenha na geladeira.
Ervas como manjericão e erva-cidreira tendem a murchar rapidamente, portanto, devem ser consumidas em até 3 dias.
6. Evite Erros Comuns no Armazenamento
Alguns erros comuns podem comprometer a qualidade das ervas. Fique atento a esses pontos:
• Não deixe ervas em locais úmidos: Isso pode gerar mofo.
• Evite armazenar ervas junto a especiarias com cheiro forte: O aroma pode contaminar outras ervas.
• Não sobrecarregue o recipiente: As ervas precisam de espaço para manter suas propriedades intactas.
7. Duração e Renovação das Ervas Armazenadas
Mesmo bem armazenadas, as ervas perdem suas propriedades com o tempo.
Validade aproximada:
• Ervas secas: 6 meses a 1 ano.
• Ervas frescas em refrigeração: até 1 semana.
Dica: Sempre observe o aroma, a textura e a cor das ervas antes de utilizá-las. Se estiverem sem cheiro ou quebradiças demais, é hora de renovar o estoque.
A colheita e o armazenamento corretos das ervas garantem que suas propriedades energéticas e medicinais sejam preservadas por mais tempo. Com cuidados simples, você terá sempre à disposição plantas prontas para rituais, chás ou defumações.

Perguntas Frequentes (FAQ) Sobre as Ervas Utilizadas pelas Benzedeiras
Aqui estão respostas para algumas das perguntas mais comuns sobre o cultivo, uso e armazenamento das ervas utilizadas pelas benzedeiras.
1. Posso cultivar essas ervas em apartamento ou espaços pequenos?
Sim! Muitas ervas, como o manjericão, a arruda e o alecrim, se adaptam bem a vasos e podem ser cultivadas em varandas ou janelas com boa luminosidade. Apenas certifique-se de que as plantas recebam luz solar suficiente.
2. Qual é a melhor época para plantar essas ervas?
O início da primavera é ideal para o plantio, pois oferece condições favoráveis de luz e temperatura. No entanto, ervas perenes, como a lavanda e a espada-de-São-Jorge, podem ser plantadas durante todo o ano em climas amenos.
3. Qual o tempo de vida das ervas?
Depende da planta. Algumas ervas, como o manjericão, são anuais e completam seu ciclo de vida em uma temporada. Já o alecrim e a lavanda são plantas perenes, podendo durar vários anos com os cuidados adequados.
4. Com que frequência devo regar essas ervas?
A frequência varia conforme a planta e o clima.
• Alecrim e lavanda: Regas esparsas, preferem solo seco.
• Manjericão e erva-cidreira: Regas mais frequentes, mantendo o solo úmido, mas não encharcado.
Verifique sempre o solo antes de regar.
5. Como evitar pragas nas minhas ervas?
O óleo de neem é uma solução natural eficiente contra pragas, como pulgões e cochonilhas. Também é importante garantir boa circulação de ar entre as plantas e evitar o excesso de umidade, que pode atrair fungos.
6. Posso usar essas ervas em chás e banhos?
Sim, mas é fundamental ter certeza de que as ervas são cultivadas sem o uso de pesticidas químicos. Lave bem as folhas antes de usá-las em chás ou banhos. Algumas ervas, como a arruda, não são recomendadas para consumo, mas podem ser usadas em defumações ou rituais.
7. As ervas secas mantêm as mesmas propriedades das frescas?
Sim, mas as ervas secas perdem um pouco de seu aroma e frescor ao longo do tempo. Para defumações e banhos, as ervas secas funcionam muito bem. Já para chás, prefira ervas frescas, quando possível.
8. É necessário adubar as ervas regularmente?
Sim. O uso de adubos orgânicos, como húmus de minhoca ou compostagem caseira, a cada dois meses ajuda a manter as plantas saudáveis. Evite adubos químicos, especialmente se as ervas forem usadas em preparações para consumo.
9. Como saber se a planta está saudável?
Uma planta saudável tem folhas verdes, firmes e sem manchas. Observe também o crescimento das raízes – se estiverem muito densas ou saindo pelos furos do vaso, pode ser necessário fazer o replantio.
10. Preciso fazer podas regulares?
Sim. A poda ajuda a estimular o crescimento de novos brotos e a manter a forma da planta. Remova folhas secas ou danificadas regularmente e, no caso de ervas como o manjericão, corte as flores para prolongar a produção de folhas.
As ervas utilizadas pelas benzedeiras são verdadeiros tesouros da natureza, carregando uma rica história de cura, proteção e bem-estar. Desde a arruda, poderosa contra energias negativas, até o alecrim, revigorante para o corpo e a mente, cada planta tem seu papel nas práticas espirituais e de saúde.
Ao longo deste guia, você aprendeu sobre as principais ervas, seus usos em rituais e as melhores formas de cultivo e armazenamento. Essas plantas, quando cuidadas com carinho, podem se tornar aliadas no seu dia a dia, ajudando a criar um ambiente equilibrado e harmonioso.
Cultivar suas próprias ervas não é apenas um ato de cuidado com a natureza, mas também uma forma de conexão com práticas ancestrais que continuam a trazer conforto e esperança a tantas pessoas

Apaixonada por tudo que é verde, Drika é a mente por trás do blog Louca das Plantas.
Produtora cultural e entusiasta da jardinagem, ela combina seu amor pelas plantas para compartilhar dicas práticas, histórias curiosas e truques que transformam qualquer espaço em um verdadeiro refúgio natural. Com um tom descontraído e acolhedor, Drika inspira jardineiras e jardineiros de todos os níveis a cultivar mais do que plantas: a conexão com a natureza.